sábado, dezembro 24, 2005
Votos de...
...um Feliz Natal repleto de coisas boas
e um Excelente Ano Novo para todos/as Vós!!
Tirar férias, é preciso!! :)
Divirtam-se muito, muito, muito!!
Beijinhos
domingo, dezembro 18, 2005
Os Vagabundos
São eles,
Os vagabundos
Que a sociedade critica
Apontando o dedo
E chamando-os nomes.
Vagabundos, sem-abrigo,
Coitados...
São eles,
Os vagabundos
Que deambulam nesta terra
Como se os seus nomes
Fossem todos o mesmo,
Ninguém!
São eles,
Os vagabundos
Que dormitam
Nos bancos do jardim,
Debaixo das pontes
Ou nas calçadas destas ruelas.
Dormitando em noites gélidas
E debaixo de um céu escuro,
De olhos meios fechados
Tentam puxar pelos sonhos
Que raramente lhes aparecem.
Os que ainda têm essa felicidade
São os que ainda tentam
Mudar de rumo,
Os outros, esperam por uma mão,
Por alguém lhes dê algo,
Um alimento, um bagaço
Ou um simples regaço
Já há muito esquecido!
São eles sim,
Os vagabundos
Que nos estendem a mão
E que com um olhar frio
Perdem a esperança!
São eles sim,
Os que nos assustam
Pela aparência habitada pela desgraça,
Mas que no entanto
Não deixam de ter alma,
Não deixam de ser humanos,
Que esperam
Por um empurrão
Ou de um sussurro ao ouvido
Trazido pelo vento.
E são eles,
Os vagabundos!
---
(poema e photo de natalie)
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Reencontro
Neste momento
Quero guardar
O meu fôlego
Para poder respirar-te
Bem de perto!
Quero descansar
Para que no momento certo
Possa correr até ti
E olhar-te!
Quero depositar
As forças dos meus braços
Num amplexo nosso,
Até doer.
Neste momento
Guardo o nosso
Último fôlego,
O nosso último olhar
E o nosso último amplexo.
Guardo tudo dentro de mim
Até o reencontro.
(Um grande beijinho
para todos/as vós :) )
Quero guardar
O meu fôlego
Para poder respirar-te
Bem de perto!
Quero descansar
Para que no momento certo
Possa correr até ti
E olhar-te!
Quero depositar
As forças dos meus braços
Num amplexo nosso,
Até doer.
Neste momento
Guardo o nosso
Último fôlego,
O nosso último olhar
E o nosso último amplexo.
Guardo tudo dentro de mim
Até o reencontro.
(Um grande beijinho
para todos/as vós :) )
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Vou-me Pendurar na Lua
Vou-me pendurar na lua!
Sim!
Vou-me pendurar
E fingir que sou uma estrela!
Ao cair da noite,
Desamarrarei a corda
E andarei por ai
A divagar sobre mim.
Vou percorrer este céu
A milhões de quilómetros por hora
Para que alguém
Lá em baixo
Peça um desejo.
Peçam um desejo!
Sejam atrevidos!
Olhem que não saberei
Quando hei-de
Voltar a correr assim tanto!
E depois,
O cansaço bater-me-á à porta
E voltarei a pendurar-me
Na lua.
Fecharei os olhos
E num breu descansado
Os sonhos virão ter comigo.
(poema e photo de natalie)
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Porque nunca é demais....Fernando Pessoa
Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade
Sei a verdade e sou feliz.
...
*
(adoro este poema e queria partilhar com vocês
as palavras soberbas deste grande poeta português.
"Sei a verdade e sou FELIZ"
Photo by natalie
(Lisboa) )
terça-feira, novembro 29, 2005
Hummm....as minhas meias de Inverno....:)
à rua é que reparei...lá estão,
as minhas meias de Inverno!!
E o tempo não ajuda muito no que diz
respeito à secagem da roupa!! Tsss...
Bem, isto de tar em casa, no quentinho e
em frente ao pc...acabou por hoje!!
E a chuva insiste em cair, ainda não parou!!
Dá lá um descanço! Boa? Hum.....não?!
Ok! Mas não penses que me "prendes" em casa.
Um bom lanchinho, um casaco quente,
as chaves do carro e toca a andar!!
Por vezes sabe bem conduzir com chuva.....
Boa semana para todos!!! :) ****
Ai, as minhas meias quentinhas.......
(todas a secar, as restantes não "couberam" na foto...hehe)
domingo, novembro 27, 2005
Oláaaa
Hoje não me apeteceu postar um poema ou uma foto!!
Hoje estou um pouco cansada!! Estive a trabalhar como promotora de vendas de uma empresa de bebidas alcoólicas!! Fui boa a experiência e sempre que me telefonarem, aceitarei (mas com menos carga horária)!!
E cá estou, neste meu cantinho que tanto adoro!! Neste meu, e nos vossos cantinhos!! :)
SE não vos comento tão regularmente, não é por não querer, mas sim pela falta de tempo!!
Universidade está a começar a pegar "duro".....e há que estudar (nem que seja um pouco)!!Hih!
A blogosfera é como se fosse um vício, mas dos bons!!
Eu amo a escrita e a fotografia, adoro que me visitem e obrigado por ler as minha palavras, e adoro ler-vos!! Cada blog é diferente, e é por isso que são todos especiais!
Até já tenho amigos bloguistas, hehe!! Espero conhecer muitos de vós!! Sinceramente!!
Bem, apeteceu-me!!
Vou sair um pouco, curtir a noite!!
Acho que mereço!! :P
Excelente Domingo para todos/as VÓS!!!! :D
Hoje estou um pouco cansada!! Estive a trabalhar como promotora de vendas de uma empresa de bebidas alcoólicas!! Fui boa a experiência e sempre que me telefonarem, aceitarei (mas com menos carga horária)!!
E cá estou, neste meu cantinho que tanto adoro!! Neste meu, e nos vossos cantinhos!! :)
SE não vos comento tão regularmente, não é por não querer, mas sim pela falta de tempo!!
Universidade está a começar a pegar "duro".....e há que estudar (nem que seja um pouco)!!Hih!
A blogosfera é como se fosse um vício, mas dos bons!!
Eu amo a escrita e a fotografia, adoro que me visitem e obrigado por ler as minha palavras, e adoro ler-vos!! Cada blog é diferente, e é por isso que são todos especiais!
Até já tenho amigos bloguistas, hehe!! Espero conhecer muitos de vós!! Sinceramente!!
Bem, apeteceu-me!!
Vou sair um pouco, curtir a noite!!
Acho que mereço!! :P
Excelente Domingo para todos/as VÓS!!!! :D
quinta-feira, novembro 24, 2005
Chegou o Inverno .... Brrrr! :)
As folhas caem devagarinho
E vários tons as pintam.
O Inverno chegou,
Chegou de mansinho
Como se em pézinhos de lã
E com ele trouxe o frio
Que nos faz arrepios.
Por cá irá ficar algum tempinho,
Isso já sabemos.
Por isso, por enquanto,
Mantemo-nos no quentinho!
(Escrevi "isto" porque sou friorenta q.b.
(especialmente nesta altura),
mas apesar de tudo gosto do Inverno!
Cada época com o seu gostinho! :) *)
(photo -meia tremida - natalie)
domingo, novembro 20, 2005
Correm (-te) Rios de Água
Correm-te rios de água
Pela face.
E as suas nascentes
São os teus olhos.
Esses rios convertem-se
Em estilhaços cristalinos
Que tentam tapar as feridas
Ainda meias abertas.
Faço parte de alguma ferida?
Oh!
Se não, deixa-me
Ser um desses cristalinos
Para te ajudar a purificar
E fazer-te esquecer
Essas amarguras.
Dizes-me, agora,
Que o teu coração
É um mar
Em dia de tempestade.
Dizes-me que te sentes
A afundar num lago
Esquecido algures.
Eu tento dar-te a mão,
Para aparar essas quedas
Do teu pensamento
Que não consegues evitar!
Percebo-te!
Não insistas em navegar
Nesse mar,
Volta para ele quando tudo
Amainar.
E esse lago é soberbo,
Olha bem e esquece-te
Que te estás a afundar!
Não deixarei que isso aconteça!
Que esses teus rios de água
Te dêem um descanso,
Mas que nunca emurchecem.
Serão preciosos e delicados em outros
Momentos de incertezas.
(Excelente fim-de-semana e beijinhos para todos)
Pela face.
E as suas nascentes
São os teus olhos.
Esses rios convertem-se
Em estilhaços cristalinos
Que tentam tapar as feridas
Ainda meias abertas.
Faço parte de alguma ferida?
Oh!
Se não, deixa-me
Ser um desses cristalinos
Para te ajudar a purificar
E fazer-te esquecer
Essas amarguras.
Dizes-me, agora,
Que o teu coração
É um mar
Em dia de tempestade.
Dizes-me que te sentes
A afundar num lago
Esquecido algures.
Eu tento dar-te a mão,
Para aparar essas quedas
Do teu pensamento
Que não consegues evitar!
Percebo-te!
Não insistas em navegar
Nesse mar,
Volta para ele quando tudo
Amainar.
E esse lago é soberbo,
Olha bem e esquece-te
Que te estás a afundar!
Não deixarei que isso aconteça!
Que esses teus rios de água
Te dêem um descanso,
Mas que nunca emurchecem.
Serão preciosos e delicados em outros
Momentos de incertezas.
(Excelente fim-de-semana e beijinhos para todos)
terça-feira, novembro 15, 2005
Mar do Norte de Onde Estou
parei para "fazer" mais um cliq na minha máquina!
E eis que as ondas bateram nas rochas
no momento certo!!
E este é o Mar do Norte desta ilha magnífica!!
(photo by natalie)
***
sexta-feira, novembro 11, 2005
Chuva
A chuva
c
a
i
Com o furor que lhe convém.
Olho pela janela
E vejo o mundo abolado
Ou "agotado"!
São gotas que permanecem
No vidro
E é através delas
Que olho para a rua.
Apetece-me ir lá fora.
Sim!
Saltar em cima dos charcos
Que ficam nas ruas e nas calçadas.
Apetece-me andar
E olhar para a eternidade,
Deixando que as gotas me toquem,
Me molhem!
A água segue o seu ciclo,
E eu também.
A chuva acorda a cidade
Ainda meia adormecida.
Acorda os que têm o sono
Delicado
E atrofia os que habitam na rua
E os que naquele instante
Por ali passam.
Por outro lado,
Delicia os que estão abrigados,
Acompanhados ou simplesmente
A dormitar
No calor dos lençois.
Chuva! A chuva! A chuva.
Bate no vidro de mansinho
Fortemente ou devagarinho
E eu vou olhando para a rua,
Misturando-me com sentimentos
anunciados:
Tranquilidade ou agitação,
Alegria e a saudade
De quem espera por alguém!
Ou de algo!
c
a
i
Com o furor que lhe convém.
Olho pela janela
E vejo o mundo abolado
Ou "agotado"!
São gotas que permanecem
No vidro
E é através delas
Que olho para a rua.
Apetece-me ir lá fora.
Sim!
Saltar em cima dos charcos
Que ficam nas ruas e nas calçadas.
Apetece-me andar
E olhar para a eternidade,
Deixando que as gotas me toquem,
Me molhem!
A água segue o seu ciclo,
E eu também.
A chuva acorda a cidade
Ainda meia adormecida.
Acorda os que têm o sono
Delicado
E atrofia os que habitam na rua
E os que naquele instante
Por ali passam.
Por outro lado,
Delicia os que estão abrigados,
Acompanhados ou simplesmente
A dormitar
No calor dos lençois.
Chuva! A chuva! A chuva.
Bate no vidro de mansinho
Fortemente ou devagarinho
E eu vou olhando para a rua,
Misturando-me com sentimentos
anunciados:
Tranquilidade ou agitação,
Alegria e a saudade
De quem espera por alguém!
Ou de algo!
sábado, novembro 05, 2005
O Malabarista
O
m
a
i
o
r
dos malabaristas
Não é aquele que finge
Fazer magia com as mãos,
Aquele que tira o coelho da cartola
Ou aquele que faz truques
Com um simples baralho de cartas.
O maior dos malabaristas, eu já vi!
É aquele que sabe ser poeta, músico, artista
De uma só vez.
Aquele que soma, subtrai,
Divide e multiplica
Todas as palavras e todas as letras
E com elas enche-nos a alma
De emoções
E de fantasias resplandecentes.
Nunca esconde a face
Nem a pretende exibir.
Tudo o que faz é tão natural e tão simples
Que torna a sua descrição tão difícil.
A sua beleza interior
Reflecte-se na exterior
E faz com que fiquemos
Com um extenso sorriso
E com o coração a saltitar
Ao som de uma cantiga sua.
Poeta, músico, artista...
Quem consegue ser tudo isto de uma só vez?
Eu sei, é o malabarista,
Aquele que eu já vi!
m
a
i
o
r
dos malabaristas
Não é aquele que finge
Fazer magia com as mãos,
Aquele que tira o coelho da cartola
Ou aquele que faz truques
Com um simples baralho de cartas.
O maior dos malabaristas, eu já vi!
É aquele que sabe ser poeta, músico, artista
De uma só vez.
Aquele que soma, subtrai,
Divide e multiplica
Todas as palavras e todas as letras
E com elas enche-nos a alma
De emoções
E de fantasias resplandecentes.
Nunca esconde a face
Nem a pretende exibir.
Tudo o que faz é tão natural e tão simples
Que torna a sua descrição tão difícil.
A sua beleza interior
Reflecte-se na exterior
E faz com que fiquemos
Com um extenso sorriso
E com o coração a saltitar
Ao som de uma cantiga sua.
Poeta, músico, artista...
Quem consegue ser tudo isto de uma só vez?
Eu sei, é o malabarista,
Aquele que eu já vi!
E aqui vai...
domingo, outubro 30, 2005
Mais uns dias...
...para aproveitar o campo!!
E cá vamos nós, 3 dias de descanso
e divertimento!! Tem de ser!!
Um óptimo Fim-de-Semana para todos/as
e terça-feira cá estou eu de novo para me "perder"
nos vossos cantinhos!! :) **
E cá vamos nós, 3 dias de descanso
e divertimento!! Tem de ser!!
Um óptimo Fim-de-Semana para todos/as
e terça-feira cá estou eu de novo para me "perder"
nos vossos cantinhos!! :) **
Carpe Diem...
Bom Halloween!! Buuuh!
Bom Halloween!! Buuuh!
E continuem a ler a "Carta" que está no post anterior :)
Photo de natalie
quinta-feira, outubro 27, 2005
Carta
Escrevo-te uma carta
Porque assim é mais fácil.
Escrevo-te
Porque assim tenho a certeza
Que não me engasgarei nas palavras.
Queria poder comunicar contigo
Da maneira que escrevo.
Queria que as palavras se soltassem
Da mesma forma que fazem
Quando tenho um lápis e um papel na mão.
Queria que as palavras saíssem perfeitas
E sem medo.
A comunicação directa
Está a fugir dos nossos caminhos.
Sim! De todos!
O calor das palavras ditas
São cada vez mais escassas.
Eu própria sem disso.
Temos dificuldade em expressar
O que nos vai na alma, e porquê?
Para quê mentir aos outros e a nós próprios?
Tornamos as coisas tão árduas.
E a tendência é de complicar tudo.
Porque escondemo-nos quando é para olhar nos olhos
E dizer um simples, amistoso e profundo “gosto de ti”,
“fazes-me falta”....e dar um abraço?!
É mais fácil dizer absurdos e coisas más!
Para quê? Para que fim?
E aqui estou! Presente nesta simples carta
Que ler-te-ei em voz alta!
Gosto de ti por aquilo que és!
Quando estás longe...fazes-me falta! Fico com saudades!
Sei que sabes que podes contar sempre comigo!
Já to disse? Talvez! Mas tenho a certeza que escrevi isso algures!
Dou-te um abraço cada vez que te encontro.
Não é físico, como queria que fosse.
Mas o interior de mim pede
Pelo amplexo e nos meus olhos talvez se note!
Timidez? Muito certo que sim!
Mas aqui estou, bem presente em ti e tu em mim!
Ainda não sei dizer directamente
Mas lá chegarei, se for por mim!!
(A todos aqueles de quem GOSTO muito!!)
Porque assim é mais fácil.
Escrevo-te
Porque assim tenho a certeza
Que não me engasgarei nas palavras.
Queria poder comunicar contigo
Da maneira que escrevo.
Queria que as palavras se soltassem
Da mesma forma que fazem
Quando tenho um lápis e um papel na mão.
Queria que as palavras saíssem perfeitas
E sem medo.
A comunicação directa
Está a fugir dos nossos caminhos.
Sim! De todos!
O calor das palavras ditas
São cada vez mais escassas.
Eu própria sem disso.
Temos dificuldade em expressar
O que nos vai na alma, e porquê?
Para quê mentir aos outros e a nós próprios?
Tornamos as coisas tão árduas.
E a tendência é de complicar tudo.
Porque escondemo-nos quando é para olhar nos olhos
E dizer um simples, amistoso e profundo “gosto de ti”,
“fazes-me falta”....e dar um abraço?!
É mais fácil dizer absurdos e coisas más!
Para quê? Para que fim?
E aqui estou! Presente nesta simples carta
Que ler-te-ei em voz alta!
Gosto de ti por aquilo que és!
Quando estás longe...fazes-me falta! Fico com saudades!
Sei que sabes que podes contar sempre comigo!
Já to disse? Talvez! Mas tenho a certeza que escrevi isso algures!
Dou-te um abraço cada vez que te encontro.
Não é físico, como queria que fosse.
Mas o interior de mim pede
Pelo amplexo e nos meus olhos talvez se note!
Timidez? Muito certo que sim!
Mas aqui estou, bem presente em ti e tu em mim!
Ainda não sei dizer directamente
Mas lá chegarei, se for por mim!!
(A todos aqueles de quem GOSTO muito!!)
Na Photo: moi
Poema : natalie
domingo, outubro 23, 2005
Hoje, por meros instantes...
...fiquei a olhar o céu
ao som de músicas que
ouço neste momento:
"Tás a ver" - Gabriel o Pensador
"Two step" - Dave Matthews Band
"Glory Box" - Portishead
"Sun goes down" - Blasted Mechanism
"Say what you want" - Texas
Se quiserem....é só ouvir!! :)
Bom Fim-de-Semana para todos/as!!
Fazer por isso.... :)
(photo by natalie)
ao som de músicas que
ouço neste momento:
"Tás a ver" - Gabriel o Pensador
"Two step" - Dave Matthews Band
"Glory Box" - Portishead
"Sun goes down" - Blasted Mechanism
"Say what you want" - Texas
Se quiserem....é só ouvir!! :)
Bom Fim-de-Semana para todos/as!!
Fazer por isso.... :)
(photo by natalie)
segunda-feira, outubro 17, 2005
Tenho entre mãos
Tenho entre mãos
Um fogo que arde,
Uma chama que não se vê,
A não ser quem quer!
Consegues sentir este calor
Quando te passo a mão pela face?
Percorrem-me nas veias
Brisas refrescantes
Que permitem acalmar
Este fervor que sinto.
Tenho entre mãos
Pequenas gotas
Desta chuva que insiste em cair.
Não apagam a chama,
Apenas a arrefece.
E quero que aqui permaneçam
Até decidirem desaguar.
Tenho entre mãos
Objectos que tanto olho
E recordo.
Sei o que cada significa,
Sei quem os deu
E porque os deram.
Guardo-os nesta minha arca
De lembranças destemidas
De serem lembradas.
Tenho entre mãos
E em mim
A alegria e a saudade.
Tenho o gosto de olhar e de sorrir.
Tenho o gosto pelas pessoas.
Tenho o gosto pelo momentâneo, assim como pelo planeado.
Tenho o gosto pela música, assim como pelo silêncio.
Tenho o gosto pelas palavras, assim como pelos gestos.
Tenho o gosto intenso pela VIDA.
Tenho entre mãos
O que todo o mundo tem:
A escolha de saber e querer viver feliz.
Um fogo que arde,
Uma chama que não se vê,
A não ser quem quer!
Consegues sentir este calor
Quando te passo a mão pela face?
Percorrem-me nas veias
Brisas refrescantes
Que permitem acalmar
Este fervor que sinto.
Tenho entre mãos
Pequenas gotas
Desta chuva que insiste em cair.
Não apagam a chama,
Apenas a arrefece.
E quero que aqui permaneçam
Até decidirem desaguar.
Tenho entre mãos
Objectos que tanto olho
E recordo.
Sei o que cada significa,
Sei quem os deu
E porque os deram.
Guardo-os nesta minha arca
De lembranças destemidas
De serem lembradas.
Tenho entre mãos
E em mim
A alegria e a saudade.
Tenho o gosto de olhar e de sorrir.
Tenho o gosto pelas pessoas.
Tenho o gosto pelo momentâneo, assim como pelo planeado.
Tenho o gosto pela música, assim como pelo silêncio.
Tenho o gosto pelas palavras, assim como pelos gestos.
Tenho o gosto intenso pela VIDA.
Tenho entre mãos
O que todo o mundo tem:
A escolha de saber e querer viver feliz.
sexta-feira, outubro 14, 2005
Horas a vaguear
Nas horas que passo só no meu recanto,
Caem-me em cima como chuva os mais diversos pensamentos, realistas e até coisas que até eu me espanto.
Vagueio pela cidade, desço a rua até ao fundo e tento desanuviar-me dos pensamentos e apenas respirar e observar.
Distraio-me com as montras, riu-me com as crianças, umas acompanhadas pelos pais e todas janotas, outras que se sentam nas escadas a jogar às cartas, de cara suja, roupa rasgada e de cigarro na boca. É estranho, mas estas têm o sorriso estampado na cara.
Vejo as pessoas todas diferentes umas das outras, o que adoro, mas porque agem quase todas da mesma maneira?!
Umas que gritam sabe-se lá porquê e outras andam em linha recta e não tiram os olhos do chão...estranho!
Faço uma breve paragem neste meu percurso e sento-me num café. Peço algo para beber e o jornal para ler.
Num desvio de olhar, deparo-me com um senhor de idade, alto e de barbas brancas, sentado mesmo ao meu lado.
Tinha consigo um livro interessantíssimo e no canto da boca um belo cachimbo. Através das suas rugas, que mais se parecem labirintos perfurados na cara, quase que consigo ler a sua história, o que fez e o muito que já passou. Mas não importa. É simplesmente um homem de bom porte que me pede muito gentilmente pelo jornal, e eu muito timidamente lho dou com um sorriso.
Levanto-me, pago o café e continuo a divagar pela cidade.
Olho para o relógio, está na hora dos encontros e lá vou eu.
(texto e photo de Natalie)
Caem-me em cima como chuva os mais diversos pensamentos, realistas e até coisas que até eu me espanto.
Vagueio pela cidade, desço a rua até ao fundo e tento desanuviar-me dos pensamentos e apenas respirar e observar.
Distraio-me com as montras, riu-me com as crianças, umas acompanhadas pelos pais e todas janotas, outras que se sentam nas escadas a jogar às cartas, de cara suja, roupa rasgada e de cigarro na boca. É estranho, mas estas têm o sorriso estampado na cara.
Vejo as pessoas todas diferentes umas das outras, o que adoro, mas porque agem quase todas da mesma maneira?!
Umas que gritam sabe-se lá porquê e outras andam em linha recta e não tiram os olhos do chão...estranho!
Faço uma breve paragem neste meu percurso e sento-me num café. Peço algo para beber e o jornal para ler.
Num desvio de olhar, deparo-me com um senhor de idade, alto e de barbas brancas, sentado mesmo ao meu lado.
Tinha consigo um livro interessantíssimo e no canto da boca um belo cachimbo. Através das suas rugas, que mais se parecem labirintos perfurados na cara, quase que consigo ler a sua história, o que fez e o muito que já passou. Mas não importa. É simplesmente um homem de bom porte que me pede muito gentilmente pelo jornal, e eu muito timidamente lho dou com um sorriso.
Levanto-me, pago o café e continuo a divagar pela cidade.
Olho para o relógio, está na hora dos encontros e lá vou eu.
(texto e photo de Natalie)
domingo, outubro 09, 2005
O Poema...
Penso muito e atrevidamente.
Escrevo quase que em demasia
E porque assim eu quero.
Escrevo porque as palavras
Abafam a minha alma
E sirvo-me dos poemas
Para as poder soletrar
Da forma mais absoluta.
Escrever um poema
Não significa somente
Aliviar os meu fado,
Mas também tudo o resto
Que me envolve e que em requer afabilidade.
Ao derramar num fragmento qualquer
Sentimentos profundamente sentidos
E substituí-los por palavras,
É como se estivesse a contar
Uma história ou um conto.
Um Poema
É a forma mais soberba e mais pura
De alguém se expressar.
Um poeta não finge
Nem encarna personagens.
Ele simplesmente
Escreve o que sente
E sente o que escreve.
E mesmo que às vezes não o sinta...
...alguém o sentiu!!!
(Poema e photo de Natalie,
como sempre... :) )
terça-feira, outubro 04, 2005
Daqui a nadinha...
segunda-feira, setembro 26, 2005
Queres mesmo saber?!
Em tempos, quando quase tudo batia certo,
Eram raras as vezes que não te via adormecer!
Lembraste de quando os dias eram mais longos
Porque decidíamos deixar os relógios em casa??
Pegávamos no carro e íamos até sítios incertos
Ate à paragem obrigatória que era a nossa praia.
Lá ficávamos a ver o sol a despedir-se
De nós por mais um dia.
Mas sabes, tenho mesmo saudades de te ver adormecer!!
E a nossa diferença?? Sim, nós marcávamos a diferença
Porque queríamos fugir à rotina todos os dias.
Tinham de ser todos diferentes,
Nem que fossem marcados por um regaço mais demorado ,
Por um suspirar de palavras mais perfeitas ao ouvido,
Por um simples olhar........
Sabes mesmo o que eu queria?
Adormecer contigo, fosse onde fosse!
E nos dias de Inverno, sim, também passamos por esses dias.
Ficávamos agarradinhos a aquecer as mãos
Gélidas um do outro.
E quando decidíamos ir passear à chuva e parecia
Que caía de propósito cada vez com mais força.
Fugíamos?? Não, nós andávamos em passos largos
E deixávamos a chuva bater nas faces como se
As gotas nos acariciassem.
Andávamos até encontrar um lugar mais quente
E por ali ficávamos até o tempo acalmar.
Mas queres mesmo, mesmo saber??
Queria poder, mais uma vez, acordar ao teu lado!
Eram raras as vezes que não te via adormecer!
Lembraste de quando os dias eram mais longos
Porque decidíamos deixar os relógios em casa??
Pegávamos no carro e íamos até sítios incertos
Ate à paragem obrigatória que era a nossa praia.
Lá ficávamos a ver o sol a despedir-se
De nós por mais um dia.
Mas sabes, tenho mesmo saudades de te ver adormecer!!
E a nossa diferença?? Sim, nós marcávamos a diferença
Porque queríamos fugir à rotina todos os dias.
Tinham de ser todos diferentes,
Nem que fossem marcados por um regaço mais demorado ,
Por um suspirar de palavras mais perfeitas ao ouvido,
Por um simples olhar........
Sabes mesmo o que eu queria?
Adormecer contigo, fosse onde fosse!
E nos dias de Inverno, sim, também passamos por esses dias.
Ficávamos agarradinhos a aquecer as mãos
Gélidas um do outro.
E quando decidíamos ir passear à chuva e parecia
Que caía de propósito cada vez com mais força.
Fugíamos?? Não, nós andávamos em passos largos
E deixávamos a chuva bater nas faces como se
As gotas nos acariciassem.
Andávamos até encontrar um lugar mais quente
E por ali ficávamos até o tempo acalmar.
Mas queres mesmo, mesmo saber??
Queria poder, mais uma vez, acordar ao teu lado!
segunda-feira, setembro 19, 2005
Hoje senti...
sábado, setembro 17, 2005
Como um estranho na estrada
Quem és tu
Que por aí vieste
A atravessar a minha estrada???
Atravessaste-a como um estranho
E ali ficaste
Parado a olhar para mim
Com os olhos
Mais dóceis que eu já vi!
Não só atravessaste
Como ali ficaste a pedir
O meu ombro já cansado
De sofrimentos.
Enrolaste-te em mim
E eu dei-te
Quase tudo de mim.
Acreditei em ti
E deixei-te atravessar
Aquela estrada.
Vieste estranho e
Ficas-te em mim.
Apoderaste-te
Das minhas fraquezas
E brincaste com
A minha solidariedade!
Afastei-te de mim
Já o tempo se fazia tardio.
Sofri, talvez, como nunca sofri
Pela imaturidade do teu ser,
Pela imaturidade dos teus erros
Quase nunca assumidos!!
Não aceitei todas
As tuas desculpas, não posso!!
Acreditei nas tuas palavras
E gostei da tua música...
...que agora cantas em vão!!
(Poema e photo de Natalie)
terça-feira, setembro 13, 2005
domingo, setembro 11, 2005
Um Pôr-do-Sol
o pôr-do-sol é bonito de se ver!!
Passei por tantos sítios,
e quero partilhar a beleza
dos dias que se despedem
para dar lugar às noites!!!
-------------------
"...faço paisagens com o que sinto..."
(...)
"...tirando-lhe fotografias com a máquina do devaneio..."
Fernando Pessoa, in O Livro do Desassossego
por Bernardo Soares
Bom fim-de-semana
:)
quarta-feira, setembro 07, 2005
Um só momentâneo
Hoje preferi ficar só,
Ficar no meu amparo
E ver o mundo construir-se
Do lado de cá!
É um preferir momentâneo
De quem, por vezes,
Necessita tirar um descanso
Dos outros e de si próprio.
Este “só” é passageiro,
Pois abrevia-se
Num pequeno período de tempo.
É um necessitar de divagar pessoal,
É um querer respirar por si só
Num espaço que é só meu!
É um capricho de pensar
E passar logo, sem interrupções,
Para uma folha de papel
As ideias resultantes
Deste devaneio
Quase que ilustrado.
É uma vontade de desabafar
Com o céu e com o mar
Sem interferências para além
Da brisa transeunte
E dos cheiros que por ai afloram.
É um querer repousar
Por breves horas,
Um querer parar por breves segundos
A rotina de dias
Quase sempre iguais.
Parar e armazenar no ar
Novas ideias e novos caminhos a percorrer.
E depois a vontade
De regressar,
E é igualmente bom!
Hoje preferi assim,
Mas foi tão momentâneo
E soube-me tão bem.
(Texto e photo de natalie)
sábado, setembro 03, 2005
Queres que te Conte
Tenho tanto
Para te contar
Mas o tempo não chega,
E por não te querer perturbar,
Apenas limito-me a ouvir
As tuas palavras, a guardar os teus segredos.
Queria poder gritar silenciosamente
Ao teu ouvido
O que no meu coração fraqueja!
Mas não sei!
São puros sentimentos
Que me correm nas veias,
E sem poder quebrar a barra da minha timidez
Guardo-as só para mim.
Sentimentos meus que sobrevoam a cabeça.
Queres ouvi-los, sei que sim,
Pois pedes para que eu os cante só para ti
E para que os derrame nesse teu mundo.
Mas é mais forte que eu, pelo menos por agora!
Por vezes dou por mim
A ler frases de livros e a cantar algum refrão
Que me marcam,
E sem te aperceberes,
Leio e canto aquilo que senti,
Aquilo que sinto...e só eu sei!
Um dia contar-te-ei ou cantar-te-ei.
Não sei o quê, mas contar-te-ei.
Até lá,
Sou toda ouvidos.
Para te contar
Mas o tempo não chega,
E por não te querer perturbar,
Apenas limito-me a ouvir
As tuas palavras, a guardar os teus segredos.
Queria poder gritar silenciosamente
Ao teu ouvido
O que no meu coração fraqueja!
Mas não sei!
São puros sentimentos
Que me correm nas veias,
E sem poder quebrar a barra da minha timidez
Guardo-as só para mim.
Sentimentos meus que sobrevoam a cabeça.
Queres ouvi-los, sei que sim,
Pois pedes para que eu os cante só para ti
E para que os derrame nesse teu mundo.
Mas é mais forte que eu, pelo menos por agora!
Por vezes dou por mim
A ler frases de livros e a cantar algum refrão
Que me marcam,
E sem te aperceberes,
Leio e canto aquilo que senti,
Aquilo que sinto...e só eu sei!
Um dia contar-te-ei ou cantar-te-ei.
Não sei o quê, mas contar-te-ei.
Até lá,
Sou toda ouvidos.
domingo, agosto 28, 2005
:)
Esta cidade já me enche os ouvidos....
Vou regressar ao campo, por uns dias!!
Vou regressar a uma parte do Paraíso e vou respirar o verde
e o frio daquele sítio que, quem conhece, adora!!
Divirtam-se muito!!! Eu vou divertir-me de cereteza!!!!
:)
Até...
Vou regressar ao campo, por uns dias!!
Vou regressar a uma parte do Paraíso e vou respirar o verde
e o frio daquele sítio que, quem conhece, adora!!
Divirtam-se muito!!! Eu vou divertir-me de cereteza!!!!
:)
Até...
domingo, agosto 21, 2005
Segredos Selados
Conto-te um, dez, infinitos segredos
E para onde vão, lá permanecem.
Não sei onde e como guardas tudo,
Nem sei o teu baú.
Será assim tão grande?
E de onde vem essa grandiosidade?
Será que a tua caixinha é um infinito Universo,
Tão grande, tão belo,
Que tudo o que de misterioso entra,
Lá quer permanecer para o sempre?
Conto-te quase todos os meus segredos,
Tudo o que me faz alterar o espírito,
Mas por vezes há coisas que não podem ser ditas
E connosco próprios têm de ficar selados.
Com um simples olhar fulgurante, percebes que
Eu guardo algo que mais tarde poderás vir a saber.
Mas sabes esperar e agradeço-te por isso.
Sabes sempre quando um sorriso bonito
Esconde uma alma triste
E para além do ombro amigo,
Dás-me o ouvido e a atenção.
Segredos selados fazem de ti um sinónimo de amigo
Que consta na primeira folha do meu dicionário.
Eu estou cá para te segredar....
....Tu estás aqui para me ouvir!!
(...e vice-versa...)
E para onde vão, lá permanecem.
Não sei onde e como guardas tudo,
Nem sei o teu baú.
Será assim tão grande?
E de onde vem essa grandiosidade?
Será que a tua caixinha é um infinito Universo,
Tão grande, tão belo,
Que tudo o que de misterioso entra,
Lá quer permanecer para o sempre?
Conto-te quase todos os meus segredos,
Tudo o que me faz alterar o espírito,
Mas por vezes há coisas que não podem ser ditas
E connosco próprios têm de ficar selados.
Com um simples olhar fulgurante, percebes que
Eu guardo algo que mais tarde poderás vir a saber.
Mas sabes esperar e agradeço-te por isso.
Sabes sempre quando um sorriso bonito
Esconde uma alma triste
E para além do ombro amigo,
Dás-me o ouvido e a atenção.
Segredos selados fazem de ti um sinónimo de amigo
Que consta na primeira folha do meu dicionário.
Eu estou cá para te segredar....
....Tu estás aqui para me ouvir!!
(...e vice-versa...)
quarta-feira, agosto 17, 2005
I have found a piece of paradise!!
Estou de regresso...
Fim-de-semana grande, feito de pura diversão!!
Uma cabana rodeada de árvores e afins (e mais nada), amigos, tintol (hic hic) , pura alegria, etc!!
Nunca pensei que o campo fizesse tão bem!
De regresso à cidade, de regresso [aqui]!!!
Acho que encontrei uma parte do paraíso!!
:)
Fim-de-semana grande, feito de pura diversão!!
Uma cabana rodeada de árvores e afins (e mais nada), amigos, tintol (hic hic) , pura alegria, etc!!
Nunca pensei que o campo fizesse tão bem!
De regresso à cidade, de regresso [aqui]!!!
Acho que encontrei uma parte do paraíso!!
:)
quarta-feira, agosto 10, 2005
Pois é...
"Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis (...) sensualidades incorporadas."
(...)
"Se penso, tudo me parece absurdo; se sinto, tudo me parece estranho; se quero, o que quer é qualquer coisa em mim. (...) Se sonho, parece que me escrevem. Se sinto, parece que me pintam. Se quero, parece que me põe(m) num veículo, como a mercadoria que se envia, e que sigo com um movimento que julgo próprio para onde não quis que fosse senão depois de lá estar."
(...)
"Se penso, tudo me parece absurdo; se sinto, tudo me parece estranho; se quero, o que quer é qualquer coisa em mim. (...) Se sonho, parece que me escrevem. Se sinto, parece que me pintam. Se quero, parece que me põe(m) num veículo, como a mercadoria que se envia, e que sigo com um movimento que julgo próprio para onde não quis que fosse senão depois de lá estar."
Fernando Pessoa, in O Livro do Desassossego
por Bernardo Soares
----------
Como o grande mestre soube "palavrar"!!
Ao ler tão belas frases, sinto-me a flutuar no seu mundo,
como se estivesse a sentir cada letra, cada palavra, cada frase.
Como se estivesse na parte de fora de uma janela a olhar para dentro,
a vê-lo escrever aquilo que por vezes sinto,
aquilo que por vezes sonho, aquilo que por vezes quero!!
E é tão bom escrever e dizer o que sentimos,
expulsar cada sentimento para uma folha de papel...
...e partilhar esses sentimentos para que também os toquem
lá no fundo.
E é bom sentir, sonhar, querer,
amar, sorrir, escrever,
pensar, gostar, viver ...
Natalie
segunda-feira, agosto 01, 2005
Alice
Alice,
Quem me disse que neste mundo
Só há coisas más
Enganou-me!
Para além das coisas boas
Que eu conheço
Estás tu aqui.
O amor veio ao mundo
Com um sorriso estampado
Nessa face mais bela que se vê!
Este amor ainda não fala, mas tenta,
Ainda não anda, mas gatinha imenso.
Sempre bem-disposta,
O que faz com que os outros também o fiquem!
O seu cheirinho a bébé
Só lembra a coisas boas
E apetece estar sempre ao pé dela.
Esta tia, que é muito "babada", adora-a.
Saudades aparecem sempre,
mas volta e meia lá estamos de novo juntas.
Alice,
Este é só o primeiro texto que te escrevo,
Mais virá!
Com muito carinho,
Tia .
Quem me disse que neste mundo
Só há coisas más
Enganou-me!
Para além das coisas boas
Que eu conheço
Estás tu aqui.
O amor veio ao mundo
Com um sorriso estampado
Nessa face mais bela que se vê!
Este amor ainda não fala, mas tenta,
Ainda não anda, mas gatinha imenso.
Sempre bem-disposta,
O que faz com que os outros também o fiquem!
O seu cheirinho a bébé
Só lembra a coisas boas
E apetece estar sempre ao pé dela.
Esta tia, que é muito "babada", adora-a.
Saudades aparecem sempre,
mas volta e meia lá estamos de novo juntas.
Alice,
Este é só o primeiro texto que te escrevo,
Mais virá!
Com muito carinho,
Tia .
domingo, julho 24, 2005
In Aracne, António Franco Alexandre
"...fiz-me aranhiço,
tão leve que uma leve brisa o faz
oscilar no seu fio de baba lisa.
Até que, contra a lei da natureza,
creio que tenho peso negativo,
e que me elevo no ar se me não prendo
ao canto mais escuro desta ilha."
tão leve que uma leve brisa o faz
oscilar no seu fio de baba lisa.
Até que, contra a lei da natureza,
creio que tenho peso negativo,
e que me elevo no ar se me não prendo
ao canto mais escuro desta ilha."
terça-feira, julho 19, 2005
O tempo
Estava aqui tentando escrever algo,
mas fiquei bloqueada nos meus pensamentos.
O tempo corre rápido
como o rio para o mar....
...esse mar que anseio,
esse mar que tem um segredo
e que é só meu!!
Tenho saudades
de quem tem saudades minhas.
Adoro estar onde estou
e com quem estou,
mas faz-me falta a rotina,
o sítio do costume,
o porto de abrigo, a praia, os cafés,
os encontros e desencontros,
os amigos e os amantes,
os sítios de preferência e os sítios de passagem.
Faz-me falta esse ar que respiro intimamente.
Quando o silêncio domina a área,
é quando dou por mim
a divagar nos meus pensamentos......
e vejam, escrevi algo!!
Agora vou aproveitar enquanto cá estou!
Asta...
mas fiquei bloqueada nos meus pensamentos.
O tempo corre rápido
como o rio para o mar....
...esse mar que anseio,
esse mar que tem um segredo
e que é só meu!!
Tenho saudades
de quem tem saudades minhas.
Adoro estar onde estou
e com quem estou,
mas faz-me falta a rotina,
o sítio do costume,
o porto de abrigo, a praia, os cafés,
os encontros e desencontros,
os amigos e os amantes,
os sítios de preferência e os sítios de passagem.
Faz-me falta esse ar que respiro intimamente.
Quando o silêncio domina a área,
é quando dou por mim
a divagar nos meus pensamentos......
e vejam, escrevi algo!!
Agora vou aproveitar enquanto cá estou!
Asta...
sábado, julho 16, 2005
BOLA DE PAPEL
Estava eu
Descendo em plena calçada
Destas ruas ainda sonolentas
De uma noite bem passada.
Ao virar a esquina,
Dei por mim a tropeçar
Num bola de papel.
Debrucei-me e agarrei-a.
Ainda estava fria e machucada.
Ao colocá-la na palma da minha mão,
Abri-a.
E ao ler as poucas palavras
Que lá saltitavam, vi-me obrigada
A sentar-me num muro ali próximo.
Tão poucas palavras, mas tão belas.
Li e sorri.
Reli e deixei cair uma lágrima.
E ao ler pela última vez,
Soletrei cada letra num tom
Que é só meu:
“Se estas palavras ainda não chegaram até ti,
é porque adormeci nesta calçada.
Se já não estiver aqui,
Que estas palavras voem até onde tu estiveres,
Amo-te!”
Descendo em plena calçada
Destas ruas ainda sonolentas
De uma noite bem passada.
Ao virar a esquina,
Dei por mim a tropeçar
Num bola de papel.
Debrucei-me e agarrei-a.
Ainda estava fria e machucada.
Ao colocá-la na palma da minha mão,
Abri-a.
E ao ler as poucas palavras
Que lá saltitavam, vi-me obrigada
A sentar-me num muro ali próximo.
Tão poucas palavras, mas tão belas.
Li e sorri.
Reli e deixei cair uma lágrima.
E ao ler pela última vez,
Soletrei cada letra num tom
Que é só meu:
“Se estas palavras ainda não chegaram até ti,
é porque adormeci nesta calçada.
Se já não estiver aqui,
Que estas palavras voem até onde tu estiveres,
Amo-te!”
segunda-feira, julho 11, 2005
Deve de haver um sítio
Deve de haver um sítio...
Um sítio sem nome
Ou com um nome tão perfeito
Que ninguém saberá soletrar
Tão perfeitas letras.
Um sítio onde os sorrisos prevalecem
Numa eternidade quase que perfeita.
Um sítio onde te percebo
E onde me perecebes.
...Onde todos se percebem, quem sabe!
Sítio esse, onde os olhares
Dizem tudo
E onde as palavras
Nos acariciam, nos tocam.
Um sítio não muito distante,
Onde somos rodeados
Pelo mar, pelas árvores e pelas flores.
Esse sítio,
Jamais poderá ser decalcado
Para uma tela.
Não existirá cores que a pinte.
Haverá esse sítio??
Estará na consciência de cada um???
Esse sítio existe....
Ou existirá... algum dia!
Um sítio sem nome
Ou com um nome tão perfeito
Que ninguém saberá soletrar
Tão perfeitas letras.
Um sítio onde os sorrisos prevalecem
Numa eternidade quase que perfeita.
Um sítio onde te percebo
E onde me perecebes.
...Onde todos se percebem, quem sabe!
Sítio esse, onde os olhares
Dizem tudo
E onde as palavras
Nos acariciam, nos tocam.
Um sítio não muito distante,
Onde somos rodeados
Pelo mar, pelas árvores e pelas flores.
Esse sítio,
Jamais poderá ser decalcado
Para uma tela.
Não existirá cores que a pinte.
Haverá esse sítio??
Estará na consciência de cada um???
Esse sítio existe....
Ou existirá... algum dia!
segunda-feira, julho 04, 2005
Tristeza versus Alegria
Não,
Não são duas horas, trinta minutos nem um ano...
Dura uma eternidade
Esta minha saudade
Que me sufoca,
Que me tira da seriedade
Quase inexistente.
Quero largar esta dor,
Que já é dorzinha...
....mas quero largá-la
nesse mundo onde as tristezas cantam
para quem as quer ouvir. Eu não!!
Vou fazer malabarismo,
Vou brincar com a nostalgia,
Incendiá-la e faze-la desaparecer.
No outro lado voa a alegria
Que eu agarro e guardo
No meu bolso de viver.
Anda sempre comigo
E bem guardada.
Transmito-a aos outros e vice-versa.
Enquanto que esta alegria
Está bem presa a mim,
A tristeza está pendurado num
Fio tão ténue, tão fraco.
E não,
Não são duas horas, trinta dias nem um ano...
Esta alegria
Durará a minha eternidade.
Que assim seja para sempre.
Não são duas horas, trinta minutos nem um ano...
Dura uma eternidade
Esta minha saudade
Que me sufoca,
Que me tira da seriedade
Quase inexistente.
Quero largar esta dor,
Que já é dorzinha...
....mas quero largá-la
nesse mundo onde as tristezas cantam
para quem as quer ouvir. Eu não!!
Vou fazer malabarismo,
Vou brincar com a nostalgia,
Incendiá-la e faze-la desaparecer.
No outro lado voa a alegria
Que eu agarro e guardo
No meu bolso de viver.
Anda sempre comigo
E bem guardada.
Transmito-a aos outros e vice-versa.
Enquanto que esta alegria
Está bem presa a mim,
A tristeza está pendurado num
Fio tão ténue, tão fraco.
E não,
Não são duas horas, trinta dias nem um ano...
Esta alegria
Durará a minha eternidade.
Que assim seja para sempre.
segunda-feira, junho 13, 2005
Uma música, um estado de espírito...
Chuva, de Mariza
(Jorge Fernando)
´As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade`
(Jorge Fernando)
´As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade`
domingo, junho 05, 2005
Códigos
Descanso agora o meu olhar
Sob um céu incrivelmente estrelado.
Vénus cumprimenta-me
Com um piscar de luz afogueado,
E nesta minha insónia eu sorrio.
Ao seu lado, outras estrelas faíscam
Como se quisessem
Contar-me um segredo
Que eu tentarei desvendar.
Um segredo que me confundirá
E que encherá esta minha cabeça
Num conjunto de códigos indecifráveis
Ou talvez, somente,fantasiáveis.
Vou acreditar nesse segredo
E guardá-lo na minha arca.
Irá afligir a minha alma
Mas seguirá comigo
Nestes meus percursos
Guiados pelo sussurro do vento
Que me bate na face.
Vou estimá-lo
Com o amor táctil destas minhas mãos
Que agora seguram esta cabeça
Meia perdida.
Entretanto, descansarei nesta tentativa de paz
E saudarei Vénus e os outros astros
Que enchem de cor esta noite escura
Com um porte glorioso,
Mas humilde.
Tentarei decifrar seus códigos
E assim, por enquanto, ficarei.
Alegre e por vezes desorientada
Resultante do levantar,
Como se poeira,
De brincadeiras
E de sentimentos inexplicáveis
Que interiorizam nesta alma
E que são os mais verdadeiros
Que alguém pode sentir.
Sob um céu incrivelmente estrelado.
Vénus cumprimenta-me
Com um piscar de luz afogueado,
E nesta minha insónia eu sorrio.
Ao seu lado, outras estrelas faíscam
Como se quisessem
Contar-me um segredo
Que eu tentarei desvendar.
Um segredo que me confundirá
E que encherá esta minha cabeça
Num conjunto de códigos indecifráveis
Ou talvez, somente,fantasiáveis.
Vou acreditar nesse segredo
E guardá-lo na minha arca.
Irá afligir a minha alma
Mas seguirá comigo
Nestes meus percursos
Guiados pelo sussurro do vento
Que me bate na face.
Vou estimá-lo
Com o amor táctil destas minhas mãos
Que agora seguram esta cabeça
Meia perdida.
Entretanto, descansarei nesta tentativa de paz
E saudarei Vénus e os outros astros
Que enchem de cor esta noite escura
Com um porte glorioso,
Mas humilde.
Tentarei decifrar seus códigos
E assim, por enquanto, ficarei.
Alegre e por vezes desorientada
Resultante do levantar,
Como se poeira,
De brincadeiras
E de sentimentos inexplicáveis
Que interiorizam nesta alma
E que são os mais verdadeiros
Que alguém pode sentir.
segunda-feira, maio 30, 2005
Porto de Abrigo
Em dias de plena escuridão
O meu corpo absolve-se no breu
De uma noite cerrada.
Espero por algo
E não sei de quê...ou por quem.
Nem sei se realmente espero
Ou se apenas prevaleço aqui,
Neste meu porto de abrigo
Que me acolhe com ternura.
Ai pensamentos embriagados,
Porque fazeis de mim
Uma penumbra deambulante?
E por que penso tanto
Se depois volto a pensar no que pensei,
Regressando à mesma rotina e
Abrigando-me no casulo
Ternurento deste meu porto?!
O meu corpo absolve-se no breu
De uma noite cerrada.
Espero por algo
E não sei de quê...ou por quem.
Nem sei se realmente espero
Ou se apenas prevaleço aqui,
Neste meu porto de abrigo
Que me acolhe com ternura.
Ai pensamentos embriagados,
Porque fazeis de mim
Uma penumbra deambulante?
E por que penso tanto
Se depois volto a pensar no que pensei,
Regressando à mesma rotina e
Abrigando-me no casulo
Ternurento deste meu porto?!
segunda-feira, maio 16, 2005
domingo, maio 15, 2005
Quando for grande, quero voltar a ser criança!
Quando somos crianças, os adultos tem por hábito fazer perguntas por vezes tão estranhas que às vezes ficamos somente a olhar para elas como se não fizessem parte deste mundo. Hum...
Lembranças tão boas.
Uma das perguntas de que vos falo, tem como resposta o título deste texto, ou seja, “O que queres ser quando fores grande?”. Esta pergunta fazia com que os meus olhos se revirassem atrevidamente e respondia, de uma forma menos complexa, como todas as crianças respondem: “quando for grande quero ser...grande; pediatra, para cuidar das crianças; veterinária, para cuidar dos animaizinhos; professora, para ensinar os meninos a ler e a escrever...etc. Tanta coisa.
Hoje em dia, tendo a certeza daquilo que quero ser e fazer, simplifico a minha resposta (sim, é normal ainda perguntarem o que quero fazer), e digo: “quando for grande”, quero voltar a ser criança.
Quero voltar a ser a criança que um dia fui, pois desde o momento em que crescemos, começamos a ver que mundo é mais confuso.
Tenho 21 anos e sou uma eterna criança , rejuvenescida todos os dias.
Sou uma adulta quando a vida assim me obriga, mas quando a criança dentro de mim sai, os dias são passados com mais alegria.
Por isso, meus caros leitores e minhas caras leitoras, deixemo-nos de tretas, vamos deixar a criança que temos dentro de nós sair, sem receios nem vergonhas. Vamos brincar e sorrir como fazem as crianças e sejamos adultos só quando precisamos de o ser, pois não há nada melhor que rir até doer a barriga e brincar até não poder mais.
Lembranças tão boas.
Uma das perguntas de que vos falo, tem como resposta o título deste texto, ou seja, “O que queres ser quando fores grande?”. Esta pergunta fazia com que os meus olhos se revirassem atrevidamente e respondia, de uma forma menos complexa, como todas as crianças respondem: “quando for grande quero ser...grande; pediatra, para cuidar das crianças; veterinária, para cuidar dos animaizinhos; professora, para ensinar os meninos a ler e a escrever...etc. Tanta coisa.
Hoje em dia, tendo a certeza daquilo que quero ser e fazer, simplifico a minha resposta (sim, é normal ainda perguntarem o que quero fazer), e digo: “quando for grande”, quero voltar a ser criança.
Quero voltar a ser a criança que um dia fui, pois desde o momento em que crescemos, começamos a ver que mundo é mais confuso.
Tenho 21 anos e sou uma eterna criança , rejuvenescida todos os dias.
Sou uma adulta quando a vida assim me obriga, mas quando a criança dentro de mim sai, os dias são passados com mais alegria.
Por isso, meus caros leitores e minhas caras leitoras, deixemo-nos de tretas, vamos deixar a criança que temos dentro de nós sair, sem receios nem vergonhas. Vamos brincar e sorrir como fazem as crianças e sejamos adultos só quando precisamos de o ser, pois não há nada melhor que rir até doer a barriga e brincar até não poder mais.
domingo, maio 08, 2005
Por vezes...
Por vezes,
Escrever um poema
É tão difícil
Como engolir
Um bocado de tempo
Já meio perdido...
Outras vezes,
As palavras desabrocham
Como se escrevessem sozinhas
E que se vão desenvolvendo
Num fragmento de papel
Que por aí encontrei.
Mas disto tenho a certeza:
É tão bom poder
Juntar pequenas letras
E colocá-las
Num pequeno casulo
Para depois serem lidas
E compreendidas
Por quem quiser.
Escrever um poema
É tão difícil
Como engolir
Um bocado de tempo
Já meio perdido...
Outras vezes,
As palavras desabrocham
Como se escrevessem sozinhas
E que se vão desenvolvendo
Num fragmento de papel
Que por aí encontrei.
Mas disto tenho a certeza:
É tão bom poder
Juntar pequenas letras
E colocá-las
Num pequeno casulo
Para depois serem lidas
E compreendidas
Por quem quiser.
sexta-feira, abril 22, 2005
Se perguntarem por mim...
Se perguntarem por mim,
Digam que subi,
Naquela escada feita de frutos,
À mais alta das árvores que encontrei
E que me sentei numa nuvem
Que por ali passava.
Se já não estiver por lá,
Contem que,
Com o abrir do céu,
Caí no mar
E ao nadar com os peixes
Fui pescada por um navegante
Que por ali passava.
Ao cair da noite,
Subi ao mastro do barco
E de lá de cima
A lua estendeu-me a sua mão.
E lá fiquei com ela
A ver o mundo adormecer.
De manhãzinha,
Acordei nos braços do Sol
Que me devolveu à terra firme
Assim que os meus olhos se abriram.
E já sabem,
Se voltarem a perguntar por mim,
Sussurrem que fui
Até à mais alta das árvores que encontrei...
Digam que subi,
Naquela escada feita de frutos,
À mais alta das árvores que encontrei
E que me sentei numa nuvem
Que por ali passava.
Se já não estiver por lá,
Contem que,
Com o abrir do céu,
Caí no mar
E ao nadar com os peixes
Fui pescada por um navegante
Que por ali passava.
Ao cair da noite,
Subi ao mastro do barco
E de lá de cima
A lua estendeu-me a sua mão.
E lá fiquei com ela
A ver o mundo adormecer.
De manhãzinha,
Acordei nos braços do Sol
Que me devolveu à terra firme
Assim que os meus olhos se abriram.
E já sabem,
Se voltarem a perguntar por mim,
Sussurrem que fui
Até à mais alta das árvores que encontrei...
terça-feira, abril 12, 2005
ENSINA-ME RIMANDO
(não é que goste muito de rimas, mas... uma tentativa?)
Ensina-me a conjugar
Verbos doidos sobre o mar,
Pomo-los entre frases
De poemas a rimar.
Ensina-me a crescer
E neste mundo de aprender
Mostra-me as coisas mais alegres
Que contigo quero viver.
Ensina-me a sorrir
Com cantigas de sentir
Que fazem de nós maestros
De pessoas sempre a rir.
Ensina-me a desenhar
O que das nuvens vens guardar,
Tentarei ser o pincel
Que te ajudará a esboçar.
Ensina-me a mostrar
Este fabuloso mar
Que nos traz a infinidade
De um ar de bem estar.
Ensina-me quem és
E não olharei a teus pés,
Conhecerei cada ruga
E estarei contigo em todas as marés.
Ensina-me a conjugar
Verbos doidos sobre o mar,
Pomo-los entre frases
De poemas a rimar.
Ensina-me a crescer
E neste mundo de aprender
Mostra-me as coisas mais alegres
Que contigo quero viver.
Ensina-me a sorrir
Com cantigas de sentir
Que fazem de nós maestros
De pessoas sempre a rir.
Ensina-me a desenhar
O que das nuvens vens guardar,
Tentarei ser o pincel
Que te ajudará a esboçar.
Ensina-me a mostrar
Este fabuloso mar
Que nos traz a infinidade
De um ar de bem estar.
Ensina-me quem és
E não olharei a teus pés,
Conhecerei cada ruga
E estarei contigo em todas as marés.
quarta-feira, abril 06, 2005
Por ti (ou talvez não...)
Por ti,
Viajo neste Infinito mar
E dele escolho a gota mais brilhante para te dar!
Por ti,
Percorro esta terra efémera
E colho as mais profundas raízes para te agarrares!
Por ti,
Suplico ao céu
Para que o azul seja uma constante!
Por ti,
Peço às nuvens para que não derramem as suas lágrimas!
Por ti,
Empurro o sol
Para que te aqueça quando tiveres frio!
Por ti,
Puxo a lua
Para que te ilumine nas passagens mais escuras!
Por ti,
Rogo às estrelas
Que te desenhem a mais pura das constelações!
Por ti,
Falo ao vento
Que te leve as mais dóceis palavras ao ouvido!
Por ti,
Procuro a flor mais bonita
Para a colocares no jardim do teu casulo!
Por ti,
Desenho o sorriso mais feliz
Para te dar alegria a todos os segundos!
Por ti,
Subo à mais alta montanha
E grito ao Mundo que sem ti não sou nada!
Por mim,
Faço de tudo para te ver bem!
Viajo neste Infinito mar
E dele escolho a gota mais brilhante para te dar!
Por ti,
Percorro esta terra efémera
E colho as mais profundas raízes para te agarrares!
Por ti,
Suplico ao céu
Para que o azul seja uma constante!
Por ti,
Peço às nuvens para que não derramem as suas lágrimas!
Por ti,
Empurro o sol
Para que te aqueça quando tiveres frio!
Por ti,
Puxo a lua
Para que te ilumine nas passagens mais escuras!
Por ti,
Rogo às estrelas
Que te desenhem a mais pura das constelações!
Por ti,
Falo ao vento
Que te leve as mais dóceis palavras ao ouvido!
Por ti,
Procuro a flor mais bonita
Para a colocares no jardim do teu casulo!
Por ti,
Desenho o sorriso mais feliz
Para te dar alegria a todos os segundos!
Por ti,
Subo à mais alta montanha
E grito ao Mundo que sem ti não sou nada!
Por mim,
Faço de tudo para te ver bem!
domingo, abril 03, 2005
Liberdade
Liberdade é um poema
Escrito pelas minhas mãos
E moldados pelos
Olhares de quem os lê.
Liberdade é respirar, amar,
Sentir, falar, ouvir.
Liberdade é pensar,
Sem ter medo de gritar.
É poder imaginar
E sonhar
Como quem não dorme.
É poder comparar
O sol com os teus olhos
E o teu cheiro
Com a maresia.
É poder fazer trocadilhos
Com as palavras
Que arquitectam cada alma
E que agradam os ouvidos.
Liberdade,
É poder estar onde quero estar
E ser o que sou.
Liberdade é querer e poder ter.
Um querer egoísta
De ter tudo
E não ter nada.
Liberdade sou eu,
Liberdade és tu,
Liberdade somos nós.
Liberdade é um direito,
De sermos livres.
Escrito pelas minhas mãos
E moldados pelos
Olhares de quem os lê.
Liberdade é respirar, amar,
Sentir, falar, ouvir.
Liberdade é pensar,
Sem ter medo de gritar.
É poder imaginar
E sonhar
Como quem não dorme.
É poder comparar
O sol com os teus olhos
E o teu cheiro
Com a maresia.
É poder fazer trocadilhos
Com as palavras
Que arquitectam cada alma
E que agradam os ouvidos.
Liberdade,
É poder estar onde quero estar
E ser o que sou.
Liberdade é querer e poder ter.
Um querer egoísta
De ter tudo
E não ter nada.
Liberdade sou eu,
Liberdade és tu,
Liberdade somos nós.
Liberdade é um direito,
De sermos livres.
Um Poema de Fernando Pessoa
A aranha do meu destino
Faz teias de eu não pensar
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro
Sou presa do meu suporte.
10.8.1932
Faz teias de eu não pensar
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro
Sou presa do meu suporte.
10.8.1932
segunda-feira, março 28, 2005
Anseio o teu Sorriso
Acordei numa manhã soberba
E a calma pairava no ar.
A janela estava meia aberta
E o vento trazia o cheiro a maresia.
Lá fora as ondas enrolavam-se lentamente na areia
E uma nuvem negra passava ao lado,
Seguindo outro destino.
O céu ficou só em tons de azul
Como se pintado por guaches.
E o sol ia aparecendo e aquecendo o ar.
Ao encostar a janela,
O silêncio apoderou-se de mim.
A calma transformou-se em desassossego
E o cheiro a maresia desaparecera por completo.
O bater das ondas soavam com mais violência
E a nuvem negra regressara para esconder o sol.
O céu escureceu e o ar ficou pesado.
Lembrei-me o quanto me fazes falta!
E esta tempestade que vem a caminho
Retrata o meu rosto e a minha alma quando não estás.
De repente a chuva começa a cair aos poucos,
Como se fossem as minhas lágrimas.
Anseio por te ver de novo a sorrir e assim,
Voltarei a acordar numa manhã soberba.
Irei abrir a janela
E o cheiro a maresia regressará com o vento.
Desta vez fecharei os olhos e não hei-de
Olhar para a nuvem negra.
Passará na minha cabeça a imagem do teu sorriso,
Tão alegre e tão sereno.
E quando abrir os olhos,
O sol continuará a lá estar.
E a calma pairava no ar.
A janela estava meia aberta
E o vento trazia o cheiro a maresia.
Lá fora as ondas enrolavam-se lentamente na areia
E uma nuvem negra passava ao lado,
Seguindo outro destino.
O céu ficou só em tons de azul
Como se pintado por guaches.
E o sol ia aparecendo e aquecendo o ar.
Ao encostar a janela,
O silêncio apoderou-se de mim.
A calma transformou-se em desassossego
E o cheiro a maresia desaparecera por completo.
O bater das ondas soavam com mais violência
E a nuvem negra regressara para esconder o sol.
O céu escureceu e o ar ficou pesado.
Lembrei-me o quanto me fazes falta!
E esta tempestade que vem a caminho
Retrata o meu rosto e a minha alma quando não estás.
De repente a chuva começa a cair aos poucos,
Como se fossem as minhas lágrimas.
Anseio por te ver de novo a sorrir e assim,
Voltarei a acordar numa manhã soberba.
Irei abrir a janela
E o cheiro a maresia regressará com o vento.
Desta vez fecharei os olhos e não hei-de
Olhar para a nuvem negra.
Passará na minha cabeça a imagem do teu sorriso,
Tão alegre e tão sereno.
E quando abrir os olhos,
O sol continuará a lá estar.
domingo, março 27, 2005
sábado, março 26, 2005
Os (irre)conhecidos contemporâneos
Vivemos numa sociedade totalmente repartida por pessoas de várias facetas, pessoas que põem em prática o conhecido fingido.
Imaginemos o cúmulo normal do quotidiano, quando andamos na rua e cumprimentamos alguém que nos faz pensar: “Quem és tu?”, e usamos o tal fingimento do conhecido e agimos como se nada de anormal tivesse acontecido.
Somos confrontados com questões merecidas de respostas simples, mas deparamo-las como pequenos enigmas quase incapazes de serem decifrados.
Qualquer pergunta feita é merecedora de uma resposta directa, mas pensada. O que raramente acontece.
Mesmo aquelas pessoas, a quem damos o nome de “amigos”, com o passar do tempo, tornam-se meros conhecidos, o tal cúmulo de saudar civilizadamente, e depois pensar: “ Sei quem és...saudades...para onde vais?” Claro que nem sempre acontece.
Estes são os conhecidos do nosso tempo, são os contemporâneos que nos assustam, que nos conhecem, que se “penduram” em nós como se as nossas vidas fossem uma só, e que depois dizem um “até já”, mas demorado.
Esta é a “verdade verdadinha” que nos magoa e que às vezes se torna insuportável suportar. E temos de viver com esse insuportável sentimento de vazio, um sentimento de uma mera solidão parcial que nos quebra ao longo da vida. Será?
E agora o nosso pequeno dilema, quem somos nós?
Por mais que um ser humano matraque sempre nesta mesma questão e por mais que pensemos, nunca haverá uma resposta directa e muito menos simples. E porquê?
Bem, seguindo o meu humilde raciocínio, um ser humano que vive o seu dia-a-dia depara-se com os mais diversos problemas colocados à sua frente, com as mais diversas questões e juntando a estes conflitos os sentimentos mal direccionados e “mal sentidos”. É normal que ao fim do dia pense nos tantos porquês que por aí pairam neste ar sobrecarregado de dúvidas empoeiradas.
Pensamos sempre que há-de melhorar...esperemos que sim.
Sejamos conhecidos contemporâneos...futuristas, ou seja lá o que isso for!
Imaginemos o cúmulo normal do quotidiano, quando andamos na rua e cumprimentamos alguém que nos faz pensar: “Quem és tu?”, e usamos o tal fingimento do conhecido e agimos como se nada de anormal tivesse acontecido.
Somos confrontados com questões merecidas de respostas simples, mas deparamo-las como pequenos enigmas quase incapazes de serem decifrados.
Qualquer pergunta feita é merecedora de uma resposta directa, mas pensada. O que raramente acontece.
Mesmo aquelas pessoas, a quem damos o nome de “amigos”, com o passar do tempo, tornam-se meros conhecidos, o tal cúmulo de saudar civilizadamente, e depois pensar: “ Sei quem és...saudades...para onde vais?” Claro que nem sempre acontece.
Estes são os conhecidos do nosso tempo, são os contemporâneos que nos assustam, que nos conhecem, que se “penduram” em nós como se as nossas vidas fossem uma só, e que depois dizem um “até já”, mas demorado.
Esta é a “verdade verdadinha” que nos magoa e que às vezes se torna insuportável suportar. E temos de viver com esse insuportável sentimento de vazio, um sentimento de uma mera solidão parcial que nos quebra ao longo da vida. Será?
E agora o nosso pequeno dilema, quem somos nós?
Por mais que um ser humano matraque sempre nesta mesma questão e por mais que pensemos, nunca haverá uma resposta directa e muito menos simples. E porquê?
Bem, seguindo o meu humilde raciocínio, um ser humano que vive o seu dia-a-dia depara-se com os mais diversos problemas colocados à sua frente, com as mais diversas questões e juntando a estes conflitos os sentimentos mal direccionados e “mal sentidos”. É normal que ao fim do dia pense nos tantos porquês que por aí pairam neste ar sobrecarregado de dúvidas empoeiradas.
Pensamos sempre que há-de melhorar...esperemos que sim.
Sejamos conhecidos contemporâneos...futuristas, ou seja lá o que isso for!
sexta-feira, março 25, 2005
A Infinita Fiadeira de Mia Couto, in O Fio das Missangas (contos)
(A aranha ateia
diz ao aranho na teia:
o nosso amor está por um fio!)
diz ao aranho na teia:
o nosso amor está por um fio!)
A aranha, aquela aranha, era tão única: não parava de fazer teias! Fazia-as de todos os tamanhos e formas. (...) E dia e noite: dos seus palpos primavam obras, com belezas de cacimbo gotejando, rendas e rendilhados. Tudo sem fim nem finalidade. Todo o bom aracnídeo sabe que a teia cumpre as fatais funções: lençol de núpcias, armadilha de caçador. Todos sabem, menos a nossa aranhinha, em suas distraiçoeiras funções. (...)
- Não faço teias por instinto.
- Então, faz porquê?
- Faço por arte.
Benzia-se a mãe, rezava o pai. (...)
A família desiludida consultou o Deus dos bichos, para reclamar da fabricação daquele espécime.
Uma aranha assim, com mania de gente? Na sua alta teia, o Deus dos bichos quis saber o que poderia fazer. Pediram que ela transitasse para humana. E assim sucedeu: num golpe divino, a aranha foi convertida em pessoa. Quando ela já transfigurada, se apresentou no mundo dos humanos logo lhe exigiram a imediata identificação. Quem era, o que fazia?
- Faço arte.
- Arte?
E os humanos se entreolharam, intrigados. Desconheciam o que fosse arte. Em que consistia? Até um, mais-velho, se lembrou. Que houvera em tempo, em tempos de que já se perdera memória, em que alguns se ocupavam de tais improdutivos afazeres. Felizmente, isso tinha acabado, e os poucos que teimavam em criar esses pouco rentáveis produtos – chamados de obras de arte – tinham sido geneticamente transmutados em bichos.
Não se lembrava bem em que bichos. Aranhas, ao que parece.
- Não faço teias por instinto.
- Então, faz porquê?
- Faço por arte.
Benzia-se a mãe, rezava o pai. (...)
A família desiludida consultou o Deus dos bichos, para reclamar da fabricação daquele espécime.
Uma aranha assim, com mania de gente? Na sua alta teia, o Deus dos bichos quis saber o que poderia fazer. Pediram que ela transitasse para humana. E assim sucedeu: num golpe divino, a aranha foi convertida em pessoa. Quando ela já transfigurada, se apresentou no mundo dos humanos logo lhe exigiram a imediata identificação. Quem era, o que fazia?
- Faço arte.
- Arte?
E os humanos se entreolharam, intrigados. Desconheciam o que fosse arte. Em que consistia? Até um, mais-velho, se lembrou. Que houvera em tempo, em tempos de que já se perdera memória, em que alguns se ocupavam de tais improdutivos afazeres. Felizmente, isso tinha acabado, e os poucos que teimavam em criar esses pouco rentáveis produtos – chamados de obras de arte – tinham sido geneticamente transmutados em bichos.
Não se lembrava bem em que bichos. Aranhas, ao que parece.
Brincando com o Fingido
Se finges ser quem és,
eu finjo o teu fingimento!
Finjo ser fingidora
Fingindo o fingido
Divago nesse teu mundo
E faço de conta,
como tu,
Que ainda existe o existido.
Neste meu acto de andar sem rumo,
Percorro os teus labirintos imaginários,
Saltando por entre nuvens inexistentes
Que desenhas,
E ninguém vê ou percebe
Que uso o imaginário
Desta tua loucura oca
Que finge ver aquilo que não existe
E que brinca com o fingido.
eu finjo o teu fingimento!
Finjo ser fingidora
Fingindo o fingido
Divago nesse teu mundo
E faço de conta,
como tu,
Que ainda existe o existido.
Neste meu acto de andar sem rumo,
Percorro os teus labirintos imaginários,
Saltando por entre nuvens inexistentes
Que desenhas,
E ninguém vê ou percebe
Que uso o imaginário
Desta tua loucura oca
Que finge ver aquilo que não existe
E que brinca com o fingido.
quinta-feira, março 24, 2005
terça-feira, março 22, 2005
Meu Mar
A perfeição procurada
Neste meu agigantado mar,
Manifestou-se selada
Por segredos que se desenham
Nas ondas,
Como se decalcadas
Por nuvens e sombras imaginárias.
Procuro neste eterno mar
As respostas que não encontro,
E cada vez que me aproximo
A onda enrola-me e
Devolve-me à areia seca.
Mar, meu mar,
Meu grandioso encanto de mil cores
Espalhadas pelos sorrisos
Daqueles que te vêem,
Exibindo as suas grandezas
Inexistentes
E não passam do tamanho de uma gota tua.
Tão frágeis que são.
Conto-te o que vi e o que senti,
E a tua transparência,
Que é maior que a minha,
Faz com que deseje percorrer
Esse teu mundo divino.
Projecto-te as minhas lamúrias
E as alegrias do quotidiano
Que acolhes com a tua calma,
Devolvendo-me a tentativa de paz, as incertezas
E o pensamento que volta à rotina
De mares perdidos e de barcos esquecidos
Num sítio longínquo
Onde ninguém se atreve caminhar.
Neste meu agigantado mar,
Manifestou-se selada
Por segredos que se desenham
Nas ondas,
Como se decalcadas
Por nuvens e sombras imaginárias.
Procuro neste eterno mar
As respostas que não encontro,
E cada vez que me aproximo
A onda enrola-me e
Devolve-me à areia seca.
Mar, meu mar,
Meu grandioso encanto de mil cores
Espalhadas pelos sorrisos
Daqueles que te vêem,
Exibindo as suas grandezas
Inexistentes
E não passam do tamanho de uma gota tua.
Tão frágeis que são.
Conto-te o que vi e o que senti,
E a tua transparência,
Que é maior que a minha,
Faz com que deseje percorrer
Esse teu mundo divino.
Projecto-te as minhas lamúrias
E as alegrias do quotidiano
Que acolhes com a tua calma,
Devolvendo-me a tentativa de paz, as incertezas
E o pensamento que volta à rotina
De mares perdidos e de barcos esquecidos
Num sítio longínquo
Onde ninguém se atreve caminhar.
quinta-feira, março 17, 2005
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