terça-feira, março 22, 2005

Meu Mar

A perfeição procurada
Neste meu agigantado mar,
Manifestou-se selada
Por segredos que se desenham
Nas ondas,
Como se decalcadas
Por nuvens e sombras imaginárias.
Procuro neste eterno mar
As respostas que não encontro,
E cada vez que me aproximo
A onda enrola-me e
Devolve-me à areia seca.
Mar, meu mar,
Meu grandioso encanto de mil cores
Espalhadas pelos sorrisos
Daqueles que te vêem,
Exibindo as suas grandezas
Inexistentes
E não passam do tamanho de uma gota tua.
Tão frágeis que são.
Conto-te o que vi e o que senti,
E a tua transparência,
Que é maior que a minha,
Faz com que deseje percorrer
Esse teu mundo divino.
Projecto-te as minhas lamúrias
E as alegrias do quotidiano
Que acolhes com a tua calma,
Devolvendo-me a tentativa de paz, as incertezas
E o pensamento que volta à rotina
De mares perdidos e de barcos esquecidos
Num sítio longínquo
Onde ninguém se atreve caminhar.

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