Tua Gaivota Minha

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"Que perfeito coração No meu peito bateria Meu amor na tua mão Nessa mão onde cabia Perfeito o meu coração" ... Mas que perfeição é essa? Aquela que eu procuro. Perfeita imperfeição a minha. A tua. A nossa. A batida que não pára. Tu realmente não sabes. Não fazes a menor ideia. Imaginas. Acreditas. Mas continuas. Não fazes ideia do quanto belo pode ser. Do quanto surreal vai ser. Demoras. Canso-me. Perco-me nos segundos que em ti penso. Encontro-me nos minutos do encontro. Há uma beleza amarga. Um sabor a agridoce que me derrama o coração. E tu não sabes a que brincas. Perdes-te no passado. Esse que já lá foi. Quero ir embora. Quero largar os meus pensamentos no mar negro. E ir mais além. Sempre mais além. Sabes o que é isso? Sabes que os dias são curtos? Que as horas passam. Que as tuas pernas dão passos para frente. Que jamais andarão para trás? Tens noção do quanto eu ... Não tens noção. Não sabes. Eu sei. Sabe o rouxinol que me acorda. Sabe a lua que me ouve. Sabe o sol que me aquece. Sabe a chuva que me arrefece. Sabem as paredes. Sabe a gaivota. Sabem eles. Sabes que não digo mais porque ... valerá a pena dizer mais? Não sei eu. E tenho sempre algo para dizer. E nada digo. Essa mão bate-me o coração. O coração que em tempos parecia ter morrido. O meu. O teu...o vosso. (quem és tu? quem és tu?) Obrigada por vocês existirem. ... (ás vezes não custa fazer surpresas...nem recebê-las...).

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Vou ali ao lado

(dentro de algumas boas horas)

Bem-hajam.