segunda-feira, julho 07, 2008

Sem título ...

Sinto que perdi a noção
Do tempo perdido no tempo.
As horas ora passam docemente,
Ora passam a correr.
Percorro as ruas da cidade,
Marco encontro com os mortais,
Pessoas como eu,
Transeuntes desta vida
Demasiado efémera.
Sossego-me nas tertúlias,
Nas conversas que arrefecem os dias,
Que aquecem as noites.
Não estou só,
Sinto-me demasiado protegida
E amada para me sentir só.
.
Não deveria isto ser um bom presságio?
.
Partilho olhares disponíveis
E sorrisos aliciantes
Com desconhecidos e conhecidos
Que me seduzem,
A cada dia que passa.
.
Há os que me querem amar…
…deixo-vos resposta nos dias.
.
Partilho abraços sinceros e fortes
Com os amigos,
Emoções que ninguém sabe ao certo.
Venero cada vez mais a vida.
.
E por vezes procuro-te.
Procuro-te no varandim, nos jardins,
Nas ruas, no pôr-do-sol.
Procuro-te no pêndulo do relógio,
Nas sombras e na luz de Verão.
Procuro-te nas flores amarelas.
.
Deixarei de te procurar…
…eventualmente, brevemente.
.
.
Poema de natalie afonseca
imagem tirada da net

11 comentários:

GotchyaYinYang disse...

Muito bonito Natalie :)

Blueminerva disse...

Epá!!!! E dizes tu que eu escrevo bem!?!?!? Que maravilha minha querida... trato tens tu com os vocábulos.
beijocas

ruirodrigues disse...

ca mania a tua de meter os sentimentos a mexer..
de ficar a sentir...de ficar a sentir é bom viver no mundo que descreves e é teu..é bom ter o "abraços sinceros"...
p.s: oh pá flores amarelas?? não escolhias uma melhor...tipo encarnada??? e não me venhas falar no significado da flor amarela!! deve de ser por causa da bandeira/nacionalidade...agora será do amarelo sueco...do amarelo da Wodd... és cá uma complicação...!!! hehe
é preciso é incomodar!!!dá-lhi!!
:-P

Rute disse...

=) Gostei muito. Espero que num desses olhares encontres o teu abrigo que te retirará toda a tristeza que não conseguem os amigos ;) ***

Unknown disse...

A procura acaba com o último suspiro. Entretanto, que aborrecimento seria a falta de querer mais e mais. De sonhar e desejar. de imaginar. "My litle grey cells" como diria Poirot, não param. Não tenho escolha. São assim e fazem-me ser como sou. Irriquieto. Inconformado. Romantico fora de época. Baboso (não babado). e sempre sempre um pouco ou nada criança.

Madeira Inside disse...

Gotchyayingyang:
Obrigada! :)

BlueMinerva:
Pronto, pronto! Obrigada também!
E Escrevemos ambas muito bem :P

Rui ROdrigues:
É pá, os sentimentos mexem por si só! Não tenho culpa!
Flores amarelas sim! Tem a sua razão de ser! E é do amarelo meu! :P*

Rute:
Encontramos muitas coias nos olhares...hei-de encontrar algo de muito bom!! :))))))))))

Shakanuno:
Quase sempre criança?! Que bom!
Sou mais ou menos assim como tu :P

Diário de um Anjo disse...

Também gostei do poema e muito!
beijinhos

Madeira Inside disse...

Diário de um Anjo:
Obrigadaaaaa! :)

ROSA E OLIVIER disse...

"intima semente baila em meu reino
ao sabor de tuas doçuras..."

Mille baci.

Su disse...

gostei desta partilha feita por palavras e sentires


jocas maradas

M.A. disse...

Adorei!!
"Partilho olhares disponíveis" - frase forte pra mim, e tão real... :)