Vivemos numa sociedade totalmente repartida por pessoas de várias facetas, pessoas que põem em prática o conhecido fingido.
Imaginemos o cúmulo normal do quotidiano, quando andamos na rua e cumprimentamos alguém que nos faz pensar: “Quem és tu?”, e usamos o tal fingimento do conhecido e agimos como se nada de anormal tivesse acontecido.
Somos confrontados com questões merecidas de respostas simples, mas deparamo-las como pequenos enigmas quase incapazes de serem decifrados.
Qualquer pergunta feita é merecedora de uma resposta directa, mas pensada. O que raramente acontece.
Mesmo aquelas pessoas, a quem damos o nome de “amigos”, com o passar do tempo, tornam-se meros conhecidos, o tal cúmulo de saudar civilizadamente, e depois pensar: “ Sei quem és...saudades...para onde vais?” Claro que nem sempre acontece.
Estes são os conhecidos do nosso tempo, são os contemporâneos que nos assustam, que nos conhecem, que se “penduram” em nós como se as nossas vidas fossem uma só, e que depois dizem um “até já”, mas demorado.
Esta é a “verdade verdadinha” que nos magoa e que às vezes se torna insuportável suportar. E temos de viver com esse insuportável sentimento de vazio, um sentimento de uma mera solidão parcial que nos quebra ao longo da vida. Será?
E agora o nosso pequeno dilema, quem somos nós?
Por mais que um ser humano matraque sempre nesta mesma questão e por mais que pensemos, nunca haverá uma resposta directa e muito menos simples. E porquê?
Bem, seguindo o meu humilde raciocínio, um ser humano que vive o seu dia-a-dia depara-se com os mais diversos problemas colocados à sua frente, com as mais diversas questões e juntando a estes conflitos os sentimentos mal direccionados e “mal sentidos”. É normal que ao fim do dia pense nos tantos porquês que por aí pairam neste ar sobrecarregado de dúvidas empoeiradas.
Pensamos sempre que há-de melhorar...esperemos que sim.
Sejamos conhecidos contemporâneos...futuristas, ou seja lá o que isso for!
1 comentário:
Realmente os cumprimentos de circunstância e os pretensos amigos que não passam de meros conhecidos, é o que mais abunda. E de nada vale fingirmos que esta ou aquela pessoa é importante para nós, quando na realidade, nada nos une. Nem uma isolada afinidade. Por isso, queimar velas por defuntos é um desperdício. Sejamos sobretudo verdadeiros :) E não mascaremos a realidade da sociedade que resvala para um individualismo cada vez mais acentuado. Bjinhos
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