quarta-feira, setembro 07, 2005

Um só momentâneo


Hoje preferi ficar só,
Ficar no meu amparo
E ver o mundo construir-se
Do lado de cá!
É um preferir momentâneo
De quem, por vezes,
Necessita tirar um descanso
Dos outros e de si próprio.
Este “só” é passageiro,
Pois abrevia-se
Num pequeno período de tempo.
É um necessitar de divagar pessoal,
É um querer respirar por si só
Num espaço que é só meu!
É um capricho de pensar
E passar logo, sem interrupções,
Para uma folha de papel
As ideias resultantes
Deste devaneio
Quase que ilustrado.
É uma vontade de desabafar
Com o céu e com o mar
Sem interferências para além
Da brisa transeunte
E dos cheiros que por ai afloram.
É um querer repousar
Por breves horas,
Um querer parar por breves segundos
A rotina de dias
Quase sempre iguais.
Parar e armazenar no ar
Novas ideias e novos caminhos a percorrer.
E depois a vontade
De regressar,
E é igualmente bom!
Hoje preferi assim,
Mas foi tão momentâneo
E soube-me tão bem.
(Texto e photo de natalie)

11 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Luís Silva disse...
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Luís Silva disse...
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Luís Silva disse...

Compreendo perfeitamente esse sentimento.Por muitas vezes prefiro a minha "sozinhês"...
Excelente texto!
Continua assim amiga.
Um beijo grande!

DT disse...

Como te compreendo...
Mas se pudesse, perpetuava os meus "sós momentâneos"

Bj

Anónimo disse...

hummm,
foste atacada pelo blog spam..?
o texto tá fixe....e a foto tb =)
**

Penumbra disse...

Belo texto... bem cm o poema! parece-me que estou a repetir a Mary mas de facto fiquei bastante agradado com a visita...
beijo

Fragmentos Betty Martins disse...

Lindo... o teu poema.

Muitas das vezes só encontramos, quando paramos.

Beijocas

Unknown disse...

hoje preferi visitar-te, apreciar este belo poema e transforma-lo em pedaços de qualquer coisa...

Anónimo disse...

Gostei muito da tua poesia!

Fica bem...

Nelsinho disse...

Afinal, todo o poeta é introvertido, em maior ou menor grau.

O meu problema é que os meus "Sós momentâneos" nunca são tão momentâneos assim...

Nelsinho